terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Deixe o céu cair

Aproveitando o engancho de semana pós-Oscars, hoje a minha dica é de filme. Concorrendo a algumas categorias apenas, Operação Skyfall, o 007 mais recente, foi considerado um dos melhores filmes da franquia James Bond. A canção original "Skyfall", de Adele, ganhou a estatueta e fez por merecer, como uma ótima trilha sonora para as aventuras inacabáveis.
A cantora captou realmente a essência da história, complementando sua música com traços do famoso tema de James Bond, sem contar que escolheram a perfeita cantora britânica para uma tarefa de alto nível. Vale a pena dar o play e continuar a leitura! ;)


O agente secreto, que já foi interpretado por seis atores diferentes (Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig), ainda faz as mulheres suspirarem e os homens se inspirarem. 
Mesmo depois de tantas transformações ao longo dos filmes e atuações impecáveis, o "novo" Bond, Daniel Craig, já fez três continuações e traz um 007 com muito mais ação, perseguições, lutas, sedução e novas BondGirls.
A promessa é de que "Bond, James Bond" não vai acabar tão cedo, e é provável que Craig continue com seu papel. Pessoalmente, o agente 007 mais "interessante" até agora! Tire suas próprias conclusões. 


"Em '007 - Operação Skyfall', a lealdade de Bond a M é testada quando o seu passado volta a atormetá-la. Com a MI6 sendo atacada, o 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, não importando o quão pessoal será o custo disto.Depois do fracasso da última e fatídica missão de Bond, quando a identidade de vários agentes secretos espalhados pelo mundo é revelada, ocorre um atentado à sede do MI6, obrigando M a transferir as instalações do seu quartel-general. Devido a esses eventos, a sua autoridade e posição se verão ameaçadas por Mallory (Ralph Fiennes), o novo presidente da Comissão de Inteligência e Segurança. Agora, com o MI6 sob ameaças tanto externas quanto internas, só resta a M um único aliado em quem ela pode confiar: Bond. O agente 007 desaparece nas sombras – auxiliado por uma única agente de campo, Eve (Naomie Harris). Juntos, eles seguirão a pista do misterioso Silva (Javier Bardem), cujas motivações letais e obscuras ainda estão por se revelar."

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Ou mata ou morre!

Ontem, 22/02, aconteceu a última rodada do returno da Superliga Feminina de vôlei. Até quinta alguns resultados já eram esperados, mas ainda existiam assuntos pendentes. Representantes do ABC Paulista, São Caetano e São Bernardo, já estavam fora dos play-offs, mas ainda restava saber a ordem das oito equipes classificadas. Aí vão os resultados: Campinas bateu o Minas em 3 sets a 1; o Sesi, com muita dificuldade, ganhou do eliminado São Caetano por 3x2; Praia Clube passou por cima do Rio do Sul por 3x0; e o Pinheiro, também com dificuldade, ganhou do lanterninha São Bernardo em 3 sets a 2. 

Destaque para a levantadora Claudinha, do Minas, (esq.) MVP da 9ª rodada,
e a ganhadora do Troféu Viva-Vôlei Soninha, veterana do Campinas Amil.
Porém, o jogo mais esperado mesmo foi o clássico do voleibol brasileiro feminino. Os times do Rio e Osasco se enfrentam em decisões há mais de 10 anos. A torcida voleibolística brasileira se divide entre Rio e São Paulo. Pensar em grandes duelos é pensar nesse grande jogo. Ontem não foi diferente. Uma prévia do que pode vir por aí nas finais dessa Superliga.
Dentre os que estavam em quadra, nove campeãs olímpicas e dois técnicos renomados. Na torcida, quatro mil pessoas dentro do Ginásio José Liberatti em Osasco, SP, e mais duas mil do lado de fora, assistindo pelo telão. Já dá pra imaginar que a noite não acabaria tão cedo e não seria nada fácil.

Torcida do Sollys compareceu ao Liberatti em peso e
realmente vestiu a camisa.
Todos os cinco sets do jogo foram equilibradíssimos, sempre ganhados na vantagem dos dois pontos. Os dois primeiros vencidos pelo Sollys, embalado sempre pela torcida, que não facilitou em nada a vida do adversário. Em uma virada na raça, o Unilever levou os dois seguintes e garantiu o 1º lugar na classificação. Mas, mais importante que os pontos e o lugar na tabela, era, sem dúvida, a vitória. O time de Osasco foi atrás, e deu a alegria de seus torcedores: vitória no tie-break por 17x15, além de tirar a invencibilidade e moral do fortíssimo Rio de Janeiro. 

Rivais em quadra, Natália, Sheilla e Thaísa são companheiras de
Seleção Brasileira e venceram, juntas, o ouro olímpico em 2012.

Cartaz preparado pela torcida do Sollys, para das as
"bem-vindas" à Natália.

O que também não faltou num jogão desse foi provocação. Luizomar e Bernardinho se estranharam, as jogadoras não deixaram nenhuma bolada barato, e a torcida pegou no pé da Natália, ex-Sollys, com cartazes espalhados por toda a arquibancada com os dizeres "Saca na Natália" e "Natália pipoqueira".





Hoje, sábado, a classificação e a tabela das quartas de final já saíram. O primeiro colocado joga contra o oitavo, segundo contra sétimo, terceiro contra sexto e quarto contra quinto. Os quatro vencedores saem dessa primeira parte vivos, e os outros quatro caem fora da competição. Agora não importa mais se é time renomado ou não, ganha quem tiver o melhor psicológico, o melhor trabalho em equipe, o melhor condicionamento físico e a maior garra de vencer.

PosEquipePJVD
1UNILEVER4518162
2SOLLYS/NESTLE4418153
3VOLEI AMIL3918144
4BANANA BOAT/PRAIA CLUBE3518117
5SESI-SP3418117
6E.C. PINHEIROS2418810
7USIMINAS/MINAS1918612
8RIO DO SUL1718612
9S.CRISTOVAO SAUDE/S.C.818216
10SAO BERNARDO VOLEI518117

As oito equipes estão bem equilibradas, prova disso foram as zebras do campeonato: Pinheiros ganhando de 3x0 do Sollys, na casa do adversário, e o Unilever perdendo para o Minas, lá em BH. Tudo pode acontecer! E você, está torcendo por quem? Toda torcida é válida e ajuda muito o time a vencer. Só nos resta torcer pelo que mais gostamos e esperar o inesperado, quem sabe.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ai, essas estrelas

Ler, para mim, é mais que um hobby. Ler é visitar outros mundos, outras vidas, outra realidade. E se tudo aquilo que lemos pudesse acontecer de verdade? Imaginação não pode faltar quando temos um livro na mão.
Aqui em São Paulo acontece, a cada dois anos, a Bienal do Livro. O paraíso na terra! Vou todas as vezes, acompanhada da minha mãe, que desde de cedo sempre me incentivou à leitura. Tenho livros infantis guardados até hoje, alguns de ursinhos, uns que fazem barulhinhos, outros que são grandes e coloridos. 
Ao crescer, meu gosto só foi se intensificando e melhorando, diga-se de passagem. Já citei aqui alguns dos títulos e sagas que fazem parte da minha prateleira. Mas nessa última feira comprei um dos melhores livros que já li.
Tudo começou com comentários na internet, grande entusiasmo e uma pilha de livros na banca da Intrinseca. O livro parecia interessante, a capa chamativa, o preço até que bom. Comprei. 
No fim do ano li, em um recorde de um final de semana, A Culpa É Das Estrelas e me apaixonei. A história era diferente de outras que já havia lido. Os personagens principais não tinham vidas perfeitas e o fim não seria feliz para sempre. Talvez seja essa a razão do porque gostei tanto. Durante o tempo em que li era a única coisa em que pensava, estava vidrada. 
Portanto, essa é a minha Dica de Leitura dessa semana, um livro que te prende, que te faz refletir, sonhar, agradecer pela vida que leva, chorar no final de tudo. Não precisa gostar desses livros românticos ou de historinhas de amor, mas precisa ler o livro. Ele é diferente. É único. Recomendo. 


A Culpa é das Estrelas
"Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo o bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas."

Ps: acho que preciso ler novamente. Boas histórias sempre merecem que a leiam tantas vezes quanto for necessário.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Fim de semana de clássicos

Sábado, 16/02, a oitava rodada do segundo turno da Superliga de Vôlei teve embate importante valendo um boa classificação para a fase do mata-mata. Ás 19h15 começava, na Vila Leopoldina, região da Lapa em São Paulo, SESI vs Unilever. O time carioca, tantas vezes campeão da Superliga, precisava ganhar para manter a invencibilidade de 15 jogos e o 1º lugar na tabela, enquanto o time paulista precisava da vitória para ganhar moral. Resultado: um jogão para quem gosta de vôlei. Ou para quem tem Esporte Interativo na TV.

Em destaque, a maior pontuadora do jogo Tandara, com 27 pontos,
enfrentando um bloqueio "de altura" no rally da partida.
Pois é, ainda sofremos com a falta de vôlei nas grades de programação dos canais televisivos. O SporTv, da Globo, tem programação fixa de passar o último jogo feminino da noite da SuperSexta e o último masculino do SuperSábado. Se sobrar um espacinho, encaixam jogos de outros horários e em outros dias da semana. Canoas enfrentaria o Florianópolis às 21h, portanto o clássico feminino foi descartado da programação. Assim, o canal Esporte Interativo, da TV aberta e de algumas outras TV's por assinatura, se aproveitou do momento e transmitiu o jogo. O problema mesmo foi encontrar o canal. 
Eu, assim como outra parte não tão grande da população, tenho acesso à TV à cabo. O EI não está na lista de canais da NET e achar um site confiável que passasse o canal estava fora de questão. O jeitinho foi ligar a pequena televisão, que fica na cozinha. Velha mas não falha! O 36 chegou rapidinho e, mesmo na tela de 10 polegadas, no máximo, com sinal falhando entre colorido e preto e branco, não perdi nenhum lance do grande jogo. 

O time do Rio, mesmo balançando em alguns momentos, fechou
a partida em 3x2, numa virada da virada, mostrando que elenco e
técnico fazem sim a diferença.
No dia seguinte derby paulista no futebol, Corinthians vs Palmeiras. O campeão do mundo contra o time da série B. Qualquer radinho que se preze, qualquer canal esportivo da TV aberta ou por assinatura transmitiu o empate em 2x2 dos rivais. Fizeram, como sempre, grande movimentação, reportagens e comentários sobre o jogo, exibidas desde o começo da semana. Torcida grande, acesso ao jogo do Brasil inteiro e de muitos outros países. 

Viradas e viradas no clássico paulista, mas nenhuma das
previsões de resultado chegou perto da realidade. 
Indignação ao ainda ver tanta diferença entre os esportes. Como disse Zé Roberto, depois de ganharem a final feminina nas Olimpíadas de Londres, "No Brasil, futebol é religião, mas o vôlei é o esporte número um!". Não sei até que ponto a mídia realmente acredita nisso.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Pra esquecer musiquinhas de Carnaval

Hoje vou começar uma nova parte do blog, Dica de Música. Sem muitas palavras a mais, ligue o som, dê o play e sinta. 
"Some people pray, I turn up the radio. Music is EVERYTHING to me!"



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sorte ou azar?

Superstição é uma coisa muito forte, e muito presente ainda nos dias atuais. Não vou dizer que não sou supersticiosa pois estaria mentindo. Porém não ao extremo. Acredito que uma coisinha ou outra podem ajudar algumas realizações. 
Uma vez li um livro, "Vitória!", que fala dos bastidores do ouro olímpico brasileiro do vôlei masculino em 92, como era a vida deles na Vila Olímpica, o que faziam durante o dia, os treinos, medos, preparação para os jogos. Naquela ocasião o técnico era o Zé Roberto. Era tão novo em sua tarefa quanto seus jogadores. Para conseguir o título as superstições foram fortes. Até hoje sabemos como Zé tem certos amuletos e rituais que, sem eles, ele não consegue seguir adiante em tal campeonato.
Uma das minhas crenças são as famosas fitinhas de Nosso Senho do Bonfim. Vai dizer que nunca colocou uma?! Já foram três fitinhas (vermelha, amarela e roxa) e objetivos até que alcançados. Milagre também não vai acontecer, né. Temos que trabalhar pelo que queremos. Mas creio que a fita dê um empurrãozinho. Vendo ela todos os dias nos lembramos do pedido e do quão longe, ou perto, estamos de alcançá-lo. E daí vai de cada um trabalhar mais ou menos pra ajudar o Senhor do Bonfim a trazer nossos desejos.
Minha fitinha roxa caiu hoje, uma rosa já está no lugar, um novo desejo! O que é? Não conto, senão dá azar.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Corrida sem fim!

Como eu já disse antes, ler é um dos prazeres que tenho. Minha coleção de livros, de todos os tipos, preenche duas prateleiras do meu guarda-roupa, e olha que o espaço já está ficando apertado. Harry Potter, Diários do Vampiro, Túneis e até Crepúsculo são algumas das coleções que tenho aqui. Porém a mais longa é, sem dúvida, a série The 39 Clues. 


Provavelmente você nunca ouviu falar ou, se ouviu, acha que é coisa de criança. Não, não o é! Tudo começou com aquela famosa Roda de Leitura da minha escola, lembra? Deveríamos escolher um livro para ser o nosso e, durante o ano, trocando com o dos outros colegas. Como boa leitora escolhi, obviamente, o livro com a capa mais chamativa, mais bonita. "O Labirinto dos Ossos" me prendeu, a capa tinha pequenas bolinhas salientes que se espalhavam por cima da imagem, dando efeitos interessantes. 


Para mim, aconteceu o inesperado. Esperava que fosse como todos os outros: livros talvez chatos, que tínhamos que ler. Mas não, esse era realmente a melhor aventura que eu já tinha visto! O primeiro autor (digo 'o primeiro' porque ao longo da série cada livro é escrito por um autor diferente), e também o idealizador de toda a coleção, seria nada menos que Rick Riordan. Não li Percy Jackson, mas o Rick é O cara, pelo que dizem e pelo o que eu constatei depois de tanto ler 39 Clues. Quanta imaginação!
O básico da história é: dois irmãos órfãos, Amy e Dan Cahill, têm que se decidir entre um cheque de um milhão de dólares, cada, ou a primeira dica na busca das 39 pistas que levam à um poder inacreditável, durante o funeral de sua avó Grace Cahill. Aos 13 e 11 anos quem iria querer deixar uma grande busca de lado? Pois é! Depois de 10 livros, 2 meses de busca e muitos países, os irmãos rodaram o mundo todo descobrindo as pistas, o tesouro mais poderoso, parentes malígnos, mistérios familiares e passaram por grandes aventuras. 
Típica história infantil? Talvez mais para Indiana Jones. O fato é que a história não traz só aventuras do começo ao fim, mas quase que um tour através de sua corrida incansável. Os dois passam por todos os lugares imagináveis do globo. E a cada lugar exploram um pouquinho da história cultural daquele povo. Não é preciso nem gastar dinheiro com passagens, basta ter um exemplar na mão e muita imaginação.


Findada a busca pelas 39 pistas, a aventura agora é outra. Minha mais recente leitura, "A Conspiração Medusa" dá o início à segunda série da coleção, "Cahill vs. Vespers". Eles estão mais velhos, maduros, fortes e unidos. Mas o inimigo não está mais dentro da família. Seis livros já foram lançados para essa nova sequência. Eu me pergunto se algum dia Amy e Dan finalmente irão parar de correr.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Pessoas

Ontem recebi uma mensagem de uma amiga, sem motivos, mas que acabou se encaixando em algumas reflexões que tenho feito. Aí vai a frase:
"Não se abale pelo fato de um dia ter demonstrado seus sentimentos para quem não soube valorizá-los, o que importa é que você soube assumi-los sem medo e essa pessoa um dia vai ver o que perdeu. Ás vezes construímos pequenos sonhos em cima de grandes pessoas, mas com o tempo percebemos que grandes eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para eles."
Nossa vida tem fases, mesmo que não queiramos que seja dessa forma. E é preciso encarar essas fases e, depois que passarem, saber separar as coisas que foram boas das ruins. Todo mundo já passou por uma situação como essa da frase. É natural. Sem querer damos tanta importância, porém isso não nos é retribuído. Aprendemos da pior forma, sofrendo as consequências, mas nunca mais fazemos igual. Precisamos seguir em frente. Talvez confiamos em pessoas erradas, em momentos errados. Ou talvez tivéssemos feito a escolha certa, mas alguma coisa mudou no meio do caminho. Nada permanece igual. Acontece.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Historinhas de dormir

Aproveitando o clima de leitura dessa quinta-feira chuvosa, decidi fazer mais uma postagem hoje. Sou fã de Harry Potter e todo o mundo mágico que o envolve. Tenho a coleção dos livros e filmes, varinha, pôster, camiseta, pingente, chaveiro. Minha última aquisição não poderia ter sido outra: Os Contos de Beedle, o Bardo. Venho namorando esse livro faz um tempo. De vez em quando o via na prateleira da Saraiva, em francês. Achei até com capa promocional, mas nunca consegui a edição em português, ou ao menos em inglês, mas com a capa original. 
Mas, há algumas semanas, finalmente achei o dito cujo. Ô livrinho difícil de conseguir! Comprei, claro. Já acabei de ler, óbvio também.


Uma das coisas que não dá para não amar no livro, além dos cinco contos mágicos (incluindo o dos Três Irmãos, que explica as Relíquias da Morte), foram os comentários "escritos" por Alvo Dumbledore sobre todas as histórias. "Tá, mas ele não existiu mesmo pra escrever um comentário sobre qualquer coisa." Se você pensa assim, sem delicadezas, já pode ir parando de ler por aqui.
J.K. imaginou e criou todo um mundo, com características únicas que encantam e se fazem reais para quem realmente acredita nelas, independente de ser criança, adulto ou velhinho.
Palavras dela, quando o último filme foi lançado: "Nenhuma história vive ao menos que alguém queira ouvi-la. [...] As histórias que mais amamos vivem em nós para sempre. Então, se você voltar às página ou à tela grande, Hogwarts sempre estará lá para recebê-lo em casa." Portanto, Harry Potter sempre viverá dentro daquele que crê.
No prólogo do livro, os nossos queridos Dumbledore e J.K. fazem a comparação dos contos de Beedle (também um personagem mágico) aos contos de fada que os "trouxas" têm, Branca de Neve, Cinderela, etc. Dizem que esses, entre outros, eram as histórias de dormir para os filhos de bruxos do mundo todo. São simplesinhas, mas trazem uma moral, tanto para bruxos quanto para trouxas.
Quando eu tiver sobrinhos, filhos, enfim, uma criança pra cuidar, vou deixar o convencional de lado. Eles irão ouvir "Babbity, a coelha, e o toco gargalhante" e vão gostar. E eu vou contar tudo sobre um bruxinho e seus amigos que, com suas aventuras e magias, fizeram parte não só da infância, mas da vida de muitos que o acompanharam, e estarão ao seu lado até o fim.



Voltando às Origens

Estar no 3º ano tem suas dificuldades e partes ruins, mas tem sempre um lado bom. Rodas de leitura fazem parte das minhas aulas de português desde o 1º ano do fundamental. Só porque somos mais velhos não quer dizer que não devamos ler. Eu adoro ler. Como indicado pela professora, tivemos que ler para esse primeiro mês "Brás, Bexiga e Barra Funda". Se você não conhece o livro, vá logo procurar no Google. Sério! Sem preocupação para os preguiçosos, o livro é fino, rápido e fácil. 
O motivo porque me interessei e gostei do livro é simples: ele se remete à história dos imigrantes italianos que vieram para o Brasil e começaram a crescer na vida essencialmente nesses bairros, no início do século XX. E, para quem não sabe, tenho origens da terra da macarronada da Mamma. 
Aí vai uma das muitas historinhas contadas por Alcântara Machado, sobre o dia a dia desse povo, tendo contato com um país, um idioma e uma cultura que não eram as suas. Histórias até da grande rivalidade já de muito tempo entre Corinthians e Palestra (o Palmeiras, na época). Vale a pena ler!


"LISETTA
Quando Lisetta subiu no bonde (o condutor ajudou) viu logo o urso. Felpudo, felpudo. E amarelo. Tão engraçadinho. Dona Mariana sentou-se, colocou a filha em pé diante dela. Lisetta começou a namorar o bicho. Pôs o pirulito de abacaxi na boca. Pôs mas não chupou. Olhava o urso. O urso não ligava. Seus olhinhos de vidro não diziam absolutamente nada. No colo da menina de pulseira de ouro e meias de seda parecia um urso importante e feliz.
- Olha o ursinho que lindo, mamãe!
- Stai zitta!
A menina rica viu o enlevo e a inveja da Lisetta. E deu de brincar com o urso. Mexeu-lhe com o toquinho do rabo: e a cabeça do bicho virou para a esquerda, depois para a direita, olhou para cima, depois para baixo. Lisetta acompanhava a manobra. Sorrindo fascinada. E com um ardor nos olhos! O pirulito perdeu definitivamente toda a importância. Agora são as pernas que sobem e descem, cumprimentam, se cruzam, batem umas nas outras.
- As patas também mexem, mamã. Olha lá!
- Stai ferma!
Lisetta sentia um desejo louco de tocar no ursinho. Jeitosamente procurou alcançá-lo. A menina rica percebeu, encarou a coitada com raiva, fez uma careta horrível e apertou contra o peito o bichinho que custara cinqüenta mil-réis na Casa São Nicolau.
- Deixa pegar um pouquinho, um pouquinho só nele, deixa?
- Ah!
- Scusi, senhora. Desculpe por favor. A senhora sabe, essas crianças são muito levadas. Scusi. Desculpe.
A mãe da menina rica não respondeu. Ajeitou o chapeuzinho da filha, sorriu para o bicho, fez uma carícia na cabeça dele, abriu a bolsa e olhou o espelho. Dona Mariana, escarlate de vergonha, murmurou no ouvido da filha:
- In casa me lo pagherai!
E pespegou por conta um beliscão no bracinho magro. Um beliscão daqueles. Lisetta então perdeu toda a compostura de uma vez. Chorou. Soluçou. Chorou. Soluçou. Falando sempre.
- Hã! Hã! Hã! Hã! Eu que...ro o ur...so! O ur...so! Ai, mamãe! Ai, mamãe! Eu que...ro o... o... o... Hã! Hã!
- Stai ferina o ti amazzo, parola d'onore!
- Um pou...qui...nho só! Hã! E... hã! E... hã! Um pou...qui...
- Senti, Lisetta. Non ti porterò più in città! Mai più!
Um escândalo. E logo no banco da frente. O bonde inteiro testemunhou o feio que Lisetta fez. O urso recomeçou a mexer com a cabeça. Da esquerda para a direita, para cima e para baixo.
- Non piangere più adesso!
Impossível. 
O urso lá se fora nos braços da dona. E a dona só de má, antes de entrar no palacete estilo empreiteiro português, voltou-se e agitou no ar O bichinho. Para Lisetta ver. E Lisetta viu. Dem-dem! O bonde deu um solavanco, sacudiu os passageiros, deslizou, rolou, seguiu. Demdem!
- Olha à direita!
Lisetta como compensação quis sentar-se no banco. Dona Mariana (havia pago uma passagem só) opôs-se com energia e outro beliscão. A entrada de Lisetta em casa marcou época na história dramática da família Garbone. Logo na porta um safanão. Depois um tabefe, Outro no corredor. Intervalo de dois minutos. Foi então a vez das chineladas. Para remate. Que não acabava mais. O resto da gurizada (narizes escorrendo, pernas arranhadas, suspensórios de barbante) reunido na sala de jantar sapeava de longe. Mas o Ugo chegou da oficina.
- Você assim machuca a menina, mamãe! Cotadinha dela!
Também Lisetta já não agüentava mais.
- Toma pra você. Mas não escache.
Lisetta deu um pulo de contente. Pequerrucho. Pequerrucho e de lata. Do tamanho de um passarinho. Mas urso.
Os irmãos chegaram-se para admirar. O Pasqualino quis logo pegar no bichinho. Quis mesmo tomá-lo à força. Lisetta berrou como uma desesperada:
- Ele é meu! O Ugo me deu!
Correu para o quarto. Fechou-se por dentro."



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Tudo tem sua primeira vez

Nos 6 anos e meio que eu joguei pelo Corinthians, o começo da temporada era sempre daquele mesmo jeito. Eu e que já estava lá tínhamos que abraçar novas meninas, que entravam no time depois de fazer os testes e seletivas. Então, só tinha que me acostumar com quem estava chegando, mas o resto eu já sabia como funcionava, elas que teriam que aprender tudo.
Dessa vez invertemos os lugares. Eu sou a menina nova. Conheço metade do time, já jogamos juntas antes. Mas agora é diferente. Eu tenho que me adaptar à um novo time, novo técnico, nova quadra, novo clube, nova vida. Afinal, Santo Amaro não é assim tão perto.
Ontem foi o meu primeiro treino. Primeira vez que treino em um outro lugar que não seja o Corinthians. Ás vezes dá uma saudade. Mas eu sei o que eu quero e, para isso, tenho que seguir em frente. 
Tirando toda a parte psicológica, o treino foi forte. Academia, corrida, quadra, bola. Toques, manchetes e ataques horríveis, resultado de um mês e meio de férias. Hoje, dores. Outro resultado. 
Não vai ser fácil, eu sei. Acordar cedo e ir à escola, atravessar a cidade para treinar, voltar para casa cansada e ter que fazer lições, trabalhos e atividades. Quem sabe, acho que dou conta. Veremos. O que importa é que gostei. Acredito que vai dar certo, teremos um bom time, conseguirei melhorar e aprender novas coisas.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

12 anos procurando pelo "Idol"

Ontem, dia primeiro de fevereiro, mais uma temporada de American Idol foi ao ar. Pelo menos aqui no Brasil, já que temos um delay (atraso) de algumas semanas em relação à estreia oficial nos EUA. O fato é que já é a 12º Temporada e muita coisa mudou desde o começo do programa, lá em 2002. A transformação principal, já iniciada no último ano, foram os novos jurados.
As novidades desse ano são Nicki Minaj, Mariah Carey e Keith Urban. Além deles, Ryan Seacrest, o apresentador, e Randy Jackson também participam do grupo, conseguindo se manter depois de tanto tempo. Com essa grande mistura de personalidades da música americana, uma coisa não iria faltar: confusão! 
Ainda na fase de testes, feita em várias cidades, a mesa dos jurados vem pegando fogo. As garotas Mariah e Nicki não encontraram harmonia no trabalho em conjunto. Quem sofre é o cantor country, que senta entre as duas e sempre procura ajuda com o "The Dawg" Randy, e os dois acabam caindo na risada. 
Mas a coisa é realmente séria. Dizem os boatos, logo depois que se iniciaram as audições, que as duas não estavam se entendendo. Teve de tudo: ameaças da Nicki, Mariah chamando seguranças, dizendo que iria sair do programa, discussões em frente à candidatos. 
Mesmo se mantendo como o reality de cantores nº1, a graça acabou se perdendo depois que Paula Abdul e Simon Cowell deixaram o programa. Quem não se lembra dos comentários super rígidos, do cabelo repartido no meio e das camisas de Simon, o jurado-vilão, e da Paula e seu coração derretido, que sempre amava todos os garotos participantes. O trio sempre terá um lugar especial na história do Idol, e de todos os vencedores que eles descobriram.
                                         

Podemos esperar muita coisa por vir nessa temporada, não só um confronto direto entre "Divas" da música norte-americana, mas também muita gente boa competindo. Quem será o próximo American Idol?