sábado, 23 de março de 2013

Um país de todos. Será?

Se você assistiu algum telejornal ou entrou em algum site de notícias ontem com certeza viu uma das cenas mais revoltantes dos últimos tempos. O Batalhão de Choque invadiu e tirou, à força, o grupo indígena que ocupava o seu "próprio" Museu. Isso tudo porque o governo queria se utilizar do terreno, que fica ao lado do Maracanã, para montar um estacionamento gigantesco para 2014/2016. Um pouco de bom senso passou pela cabeça deles, que decidiram então fazer um Museu Olímpico. Mas ainda assim faltava bom caráter para os envolvidos no projeto. Os índios não quiseram sair do local por bem, o Choque fez eles saírem por mal. Infelizmente.


Eu estava em casa na hora em que toda a ação aconteceu, e acompanhei a cobertura ao vivo. Que vergonha, que ridículo! O índio, com pedaços de pau na mão, arco e flechas, fazendo seus rituais, danças e pinturas, se preparando para a guerra contra um inimigo muito mais forte que ele. O batalhão com cassetetes, escudo, bombas de gás e a força física. E a ignorância de um povo que não sabe ver o lado e o interesse dos outros, a não ser o seu próprio. 


Ao invés de enaltecer nossa cultura nativa, fazemos questão de esconde-la, baní-la. Tentamos demais mostrar algo que não somos, algo que não temos, enquanto toda nossa história tenta ser apagada. Esse museu poderia ser um algo a mais para os próximos eventos mundiais que iremos sediar. Um incentivo cultural e turístico, expondo para todos os milhões de estrangeiros que virão nos visitar as nossas verdadeiras raízes. 
Uma das coisas que muitas vezes é esquecida é que quando os portugueses chegaram aqui, a terra não era simplesmente vazia. Existiam habitantes, os verdadeiros brasileiros, aqueles que contam a história de uma terra que ninguém teve ouvidos para escutar, que ninguém teve paciência para conhecer. Os índios foram expulsos de sua própria terra nativa, de sua própria casa, porque a civilização estava chegando. 
513 anos depois a mesma cena se repete. O homem civilizado, que pensa ser superior, reprime o diferente com sua brutalidade e selvageria. Chega a ser triste a inversão de valores que infelizmente presenciamos hoje.
Isso porque o Governo Federal traz, em seu emblema, "Brasil, um país de todos". Mas será mesmo que é de todos? Todos tem a sua vez nesse país miscigenado e que mesmo assim não aceita diferenças? Já dizia Renato Russo, "que país é esse?".


domingo, 17 de março de 2013

Living The Dream

Primeira vez dos irmãos Nick, Joe e Kevin
 no Brasil, em 2009.
Domingo passado eu realizei o sonho de qualquer fã, pela segunda vez: fui no show dos Jonas Brothers! Tá, eu sei o que você vai pensar, eu tenho 17 anos e gosto deles. Pois é, eu gosto, eles fizeram parte da minha infância, e a música deles serviu de trilha sonora pra vários momentos da minha vida. 
Em 2007 eu escutei uma música deles pela primeira vez, enquanto assistia Disney Channel e o clipe de Kids Of The Future passou. Gostei. Fui procurar. Descobri uma das melhores bandas que existem!
Fui atrás das música, eles tinham acabado de lançar o segundo álbum, Jonas Brothers. O primeiro, It's About Time, teve venda fraca, era meio desconhecido na época. Comecei a seguir sites de notícias, procurar fotos. Porque além de boas músicas, os irmãos Nick, Joe e Kevin são bonitos, e haja beleza nisso! 
Em 2008 lançaram o terceiro disco, A Little Bit Longer. Corri pra poder comprar logo o meu! O cd só tinha músicas boas e dançantes, daí eles saíram em tour. Ainda lançaram o filme Camp Rock, com a Demi Lovato, e a série JONAS, no Disney Channel.
Em 2009 vieram pra cá pela primeira vez, fazendo shows e lançando o filme The 3D Concert Experience. E lá fui eu, arrastando a minha mãe pro Morumbi, num domingo ensolarado, pra assistir os meus ídolos pela primeira vez. Fotos, vídeos, camiseta, tenho tudo! Foi incrível. E no fim do ano lançaram o último disco, Lines, Vines and Trying Times.

A bandeira brasileira sendo levantada pela primeira vez pelos irmão,
no show no Morumbi, em 2009.
No ano seguinte eles voltaram pra cá para fazer um tour do Camp Rock 2, no Canindé, mas infelizmente eu não consegui ir. O Nick ainda veio fazer um show solo em 2011, o qual eu também não fui. Depois disso, foram três anos na seca, sem nada. Cada um seguiu sua carreira, sua vida. Fã que é fã entende que nada pode durar pra sempre, mas queríamos mais.
Uma luz surgiu e eles decidiram se reunir novamente. No fim de 2011 lançaram uma música inédita e, depois, silêncio total. Então, em 2012 resolveram voltar de vez. Fizeram shows nos EUA, tocaram músicas novas, prometeram um novo álbum e saíram em tour pelo mundo. Adivinha onde? Pois é, estão passando por toda a América Latina, e eu não poderia ficar sem vê-los dessa vez. Arrastei minha mãe de novo, compramos os ingressos e fomos no show semana passada. 
Ninguém que estava lá consegue explicar. É um sentimento de satisfação, de alegria, de euforia, muita emoção! Você estar lá, longe ou perto, vendo seu ídolo, cantando as suas músicas favoritas, fazendo você pular, gritar, dançar, cantar e chorar junto, é inexplicável! Foi um dos melhores momentos da minha vida, nesses seis anos sendo fã deles. Inesquecível com certeza! 
Ser fã é assim mesmo, ver o seu ídolo sempre vai ser um caso a parte na sua vida, um momento maravilhoso, que nunca ninguém vai entender.


Bandeira brasileira marcando presença no palco, no show
de 10/03/13, aqui em São Paulo.
O show com certeza foi bem animado. Mikey Deleasa, cunhado de Kevin, abriu o show com muita empolgação e levou a galera à loucura quando cantou Ai Se Eu Te Pego, em português! Pouco depois os Jonas Brothers subiram ao palco, ao som de Harlem Shake e dos gritos da platéia.


Os irmãos cantaram músicas mais antigas, mescladas com músicas inéditas e covers que animaram todo mundo, além de músicas da carreira solo de Nick e Joe. Kevin cantou e fez as fãs histéricas gritaram bastante. A banda Ocean Grove, que vem apoiando os Jonas há tanto tempo, também teve sua vez. O baixista, baterista, tecladistas, guitarrista, violinista e back vocal vieram para frente e fizeram bonito. 
Eu, pessoalmente, chorei em Turn Right e Fly With Me. Nessa última, como a letra é sobre o Peter Pan e Wendy, Joe arranjou um chapeuzinho verde do menino da terra do nunca e enlouqueceu todo mundo! Em vários momentos a emoção tomou conta dos irmãos e também da platéia, que cantou todas, sem errar a letra. Já dá pra imaginar como deu pra arrepiar quando, nos refrões, o coro tomou conta da música e deixou os músicos impressionados. Depois de tanto tempo, as fãs mostraram que o amor continua grande, e a letra continua na ponta da língua.


sábado, 9 de março de 2013

Luta de gigantes

Detalhes dos protetores de poste e da cadeira do árbitro especiais
para essa fase final da Superliga, com o logo da competição e da CBV.
Hoje, sábado 09/03, fui ao Ginásio José Liberatti, com a minha companheira de passeios, minha mãe, para assistir o primeiro jogo da semifinal da Superliga feminina entre Sollys/Osasco x Amil/Campinas. Valeu a pena ter acordado cedo, enfrentado a maior fila de todos os tempos, passado o maior calor e a maior adrenalina sentada naquela arquibancada! E posso falar isso por todas as pessoas que também estiveram lá. Mesmo para o time que perdeu, foi um espetáculo e tanto!

Jogadoras, árbitros, comissão técnica e torcedores se levantam
para a execução do Hino Nacional.
O time de Osasco chegou à semi depois de ter eliminado o Minas em dois jogos e o time campineiro depois de ter derrotado com certa dificuldade o Pinheiros, depois de três jogos eletrizantes. A outra semifinal fica por conta do Unilever, que tirou o Rio do Sul da disputa, contra o Sesi, que ganhou do forte Praia Clube. Já dava pra perceber que essa rodada prometia jogos emocionantes!

Jogadoras começam a fase de aquecimento antes da partida, que começou
às 10h da manhã de sábado, transmitida exclusivamente pela Globo.
Ontem o time carioca ganhou a primeira batalha por 3x1 do Sesi na Vila Leopoldina, deixando a equipe à uma vitória de mais uma final de Superliga. E, pela manhã, o Sollys mostrou que não veio para brincar. Depois de um primeiro set desatento, com erros técnicos, e uma vitória do Amil por 25x22, o time das campeãs Olímpicas Sheilla, Jaque, Thaisa, Fê Garay e Adenízia deu a volta por cima massacrando o adversário e venceu os três sets seguintes, por 25x10, 25x16 e 25x20, respectivamente. 


Desde o momento da abertura dos portões até o término da partida, o animador do ginásio puxou a galera e a torcida embalou o time em vários momentos importantes do jogo. Gritos de guerra, "Saca na Ramirez", "Elas estão descontroladas", e até o Harlem Shake foram feitos pela torcida Loucos Por Osasco, e abafaram os gritos da empolgada torcida de Campinas que, mesmo pequena, não se intimidou e não parou um minuto.

Torcida deu um show e embalou as equipes, sem para um minuto sequer. 
Na temporada passada, a oposta Daymi também chegou à semifinal enfrentando o Sollys, mas pelo time de Minas. Desde então ela caiu nas vaias da torcida de Osasco e hoje não foi diferente. Perseguida no saque, na defesa e no ataque, a cubana sentiu a pressão e só fez o serviço bem feito no primeiro set, dominado pela sua equipe. Na sequência da partida caiu de rendimento e fazia caras feias para o público a cada um ou outro ponto que fazia.
A levantadora Pri Heldes, com um bom toque de bola, tomou conta do time e já começou o jogo de titular, deixando a experiente Fernandinha no banco, junto com a outra veterana Soninha, que entrou mas não se mostrou. A bulgara Vasileva também não conseguiu fazer muito, além de furar o bloqueio adversário algumas vezes e mostrar que pode ajudar na recepção. Walewska, rodando várias bolas rápidas pelo meio ou com a jogada china, e a líbero Suelen, mostrando que não tem limitações físicas, apesar de estar acima do peso, e que sabe defender e passar muito bem, foram as únicas que se destacaram.

Amil tenta resistir, mas foi massacrado no 2º set,
por 25x10.
Enquanto isso, do outro lado da rede, as sete jogadoras faziam bonito, cada uma no que era preciso. Digo sete, contando a levantadora, oposta, duas ponteiras, duas meios e a líbero Camila Brait, que tomou conta do fundo de quadra muito bem. Com uma recepção não tão boa de Fê Garay, mas ataques muito potentes, as meninas trabalharam em conjunto e Jaqueline cobriu a companheira na linha de passe e defesa. Thaisa e Adenízia deram um show no saque, nas bolas rápidas de meio e no paredão laranja que se formou, com a ajuda de Sheilla, que bloqueou Vasileva pelo menos umas quatro vezes. Mesmo com altos e baixos de Fabíola, o time trabalhou muito bem e virou o placar várias vezes para alcançar a vitória.


A outra estrela do jogo foi o árbitro, que talvez quisesse aparecer mais do que as jogadoras em várias situações. No último set, as conversas e reclamações se tornaram constantes, e então ele distribuiu advertências e cartões amarelos para ambos os times, que não entenderam nada da bagunça e começaram a vaiar o juíz, junto com a torcida.

Jogadoras se cumprimentando na rede ao final da partida,
 parte do protocolo oficial da competição.
Ao fim da partida, o Sollys fechou o placar em 3x1 e deu a alegria para a torcida. Apesar da rivalidade na hora do jogo, as atletas e as comissões técinas, todos companheiros de longa data tanto de seleção brasileira quanto em outras equipes, se cumprimentaram amigavelmente e mostraram que o voleibol não é um esporte de inimizades. O jogo é jogado dentro das quatro linhas e, fora delas, esse universo é pequeno, onde todos se conhecem e convivem muito bem. Um esporte gostoso para qualquer um!

quinta-feira, 7 de março de 2013

A verdade se tornará lenda

Correria de quem está no 3º EM e treina é assim mesmo, nem tempo de escrever no blog eu tenho. Mas arranjei um tempinho pra começar a ler outro livro. Depois que assisti ao último episódio de Vampire Diaries que saiu nos EUA (15º da quarta temporada) fiquei irritada e revoltada com o que decidiram aprontar com os personagens, então decidi deixar Almas Sombrias, o 6º da série, de lado e peguei outro. 
Legend é o da vez. Ganhei de presente no fim do ano passado. Tinha passado um dia na Saraiva, avistei-o na prateleira, a capa me chamou atenção. Pedi para o meu amigo secreto. Ganhei o livro. Resolvi começar a ler agora.
Lendo o resumo você pode até pensar que a história tem um quêzinho de Jogos Vorazes, revolta das Colônias mais pobres contra a poderosa República, mas pode acreditar, segue um caminho diferente e é muito, muito bom! Comecei a leitura na terça dessa semana e hoje já estou na metade do livro. Interessante mesmo é que é contado em primeira pessoa, alternando a narração entre os protagonistas, de um jeito que eu não tinha lido antes.
Não sei que fim irá levar, é um trilogia. Como sempre, tenho a grande capacidade de sempre me interessar por livros com continuações gigantescas. Acontece. Boas histórias às vezes não são contadas em apenas uma obra. 
Indico a leitura de Legend, e espero que a sequência, Prodigy, saia logo aqui no Brasil. Você não vai se arrepender em descobrir algumas verdades disfarçadas em boas ficções.


"Ambientado na cidade de Los Angeles de 2130 d.C., na atual República da América, conta a história de um rapaz, Day - o criminoso mais procurado do país - e de uma jovem, June - a pupila mais promissora da República -, cujos caminhos se cruzam quando o irmão dela é assassinado e a ela cabe a tarefa de capturar o responsável pelo crime, sendo Day o maior suspeito. No entanto, a verdade que os dois desvendarão se tornará uma lenda."

sábado, 2 de março de 2013

Diversão!

Quem não ouviu We Are Young, sucesso do ano passado, e começou a pular como se não houvesse amanhã?! 
Pois é, o fun. chegou para arrasar! Já ganharam prêmios pelo álbum, pelos singles e vídeos. O disco todo, Some Nights, tem músicas para cantar junto e curtir muito! 
O novo single é Why Am I The One, minha dica de música dessa semana. Vale a pena escutar as outras faixas do cd, como Some Nights, Carry On e a própria We Are Young, para não perder a empolgação! O clipe começa em um aeroporto, onde a banda acaba perdendo uma mala um tanto simpática. Dá o play!